Roteiro de 10 dias pela Europa Central - de Cracóvia a Budapeste, atravessando a Eslováquia

Dia 4 
Cracóvia/Orava/Ruzomberok/Banká Bystrica/Budapeste

Saímos de Cracóvia com o objetivo de atravessar a Eslováquia em direção à Hungria. Cerca de 400km separavam-nos de Budapeste. Antecipando um longo dia de condução foi necessário escolher algumas paragens estratégicas.
Depois de muitas pesquisas, optamos por incluir no nosso roteiro o Castelo de Orava, a Aldeia de Vlkolinec (Património da Unesco) e a cidade de Banská Bystrica, com um saltinho a um dos centros de desporto da Eslováquia - Donovaly, e paragem para almoço algures pelo caminho.

Estas foram as paragens definidas de acordo com os nossos interesses e tempo disponível, mas rapidamente percebemos que a Eslováquia tem muito mais para oferecer!
Depois de cruzar a fronteira, parámos na primeira estação de serviço que encontramos para comprar a vinheta para o carro. Foi só chegar ao balcão e pedir a vinheta para circular na auto-estrada. É um processo muito fácil e rápido.

O Castelo de Orava data do século XIII e é um dos castelos mais famosos da Eslováquia. Como optamos por não pagar ingresso para entrar valeu-nos uma visita em redor do castelo. O mais entusiasmante para nós, durante esta parte do percurso, foi poder contar com a companhia de uma vista cénica do castelo, perfeitamente integrado na rocha que o sustenta!

Castelo de Orava 
Continuamos em direção ao centro de Ružomberok, onde paramos para almoçar no Restaurante da Penzión Jánošíkova krčma. Este restaurante oferece boa comida tradicional eslovaca (e não só) e os preços são muito económicos. Uma vez mais, demos por nós num local pouco frequentado por turistas. Um bom indicador quando procuramos contacto com a cultura local.

Almoço tradicional 

Seguimos por um conjunto de cidades e aldeias pitorescas com influência industrial até Vlkolinec, uma aldeia que, por manter fielmente conservado o estilo tradicional das aldeias da Europa Central, merece o título de Património Mundial da Unesco. No entanto, ao percebermos que não conseguiríamos levar o carro (temos que o deixar e seguir a pé até à aldeia) optamos por seguir caminho, pois este tempo extra, não calculado, iria atrasar a chegada a Budapeste, onde pretendíamos ver o pôr-do-sol.

O nosso próximo destino era Donovaly, um dos centros de desportos de Inverno do país.

Ficamos com vontade de voltar um dia para explorar esta vertente eslovaca ligada aos desportos de Inverno!

Percorridos 25km, chegamos a Banská Bystrica, cujas principais atrações se reúnem ao redor da pitoresca praça central. Sortudos, encontramos a cidade ao nosso gosto: com poucos turistas à vista!

Historicamente, Banská Bystrica representa um dos principais centros de oposição ao regime de Hitler, sendo o berço da Revolta Nacional Eslovaca, um dos principais movimentos anti-nazis da Europa. Enquanto tentamos imaginar o desenrolar destes acontecimentos históricos, podemos tomar um café numa das variadas esplanadas e apreciar esta vista.


Banská Bystrica

Com 180km à nossa frente partimos trazendo Banská Bystrica no nosso coração. Ainda voltaríamos à Eslováquia para conhecer Bratislava.

Cruzar a Eslováquia foi uma verdadeira aprendizagem. Sentimos claramente que este país ainda luta para acompanhar o ritmo de desenvolvimento dos países vizinhos. Aqui ainda é muito forte a herança soviética. Nenhum livro nos poderá ensinar aquilo que conseguimos aprender ao visitar um país.

Se tiver mais tempo, este país tem muito mais para oferecer e vale a pena explorar as suas belezas naturais.

Já com a vinheta para circulação na Hungria, conseguimos chegar a Budapeste mesmo a tempo de fotografar o pôr-do-sol! 


Chegada a Budapeste

Comentários

  1. Que interessante o seu post! Tenho pouco conhecimento sobre o turismo nesses países e pelo seu post me parece que há muitas coisas interessantes. Fiquei curiosa sobre o prato de comida tradicional da foto. O que é?

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