ÁUSTRIA | O Parque Prater e o Imperialismo de Viena

Jardins do Palácio Belvedere

Ao entrarmos na Áustria percebemos que, relativamente aos países por onde vínhamos passando, este se destaca pelo nível de limpeza, organização e simetria. 




Na chegada a Viena, e seguindo o já protocolo, fizemos check-in no HB1 Schönbrunn Budget & Design, guardamos o carro na garagem, as malas no quarto e saímos para explorar a cidade.

Para esta tarde tínhamos como missões principais - comprar o passe do metro, passear pelas principais ruas, nomeadamente a Rua Kartner, e passar um serão descomprometido no parque de diversões Wiener Prater.

Depois de estudarmos o mapa do metro e planearmos de forma mais concreta o nosso percurso, decidimos iniciar pela Casa da Ópera. Apesar de nas nossas pesquisas não termos encontrado espetáculos de qualidade para estas datas, mantínhamos a esperança de encontrar um recital ou ópera para assistir. Infelizmente, não mudamos de opinião depois de sermos perseguidos por Mozarts que nos tentaram impingir bilhetes para espetáculos nos quais os habitantes locais não põem os pés! Não somos nada fãs de espetáculos montados para turistas! 

Passada a irritação inicial, caminhamos pela Kartner Strasse, a elegante rua de compras mais famosa da cidade, que liga a Casa da Ópera à Catedral de Viena.


Catedral de Viena

Depois de umas voltas pelos expositores dos artistas de rua, (e da compra de uma tela!), exploramos mais um pouco a lindíssima Kartner Strasse e ruas nos arredores.

Como planeado, após o jantar seguimos para o Wiener Prater, onde passamos um divertido serão, mesmo ao nosso gosto, ou seja, longe das massas de turistas!

Delimitamos o dia seguinte pela Innere Stadt - a Cidade Velha - de Viena, onde se situa a maioria dos edifícios históricos. A cidade velha é rodeada pela Ringstrasse que representa as muralhas que outrora protegiam a cidade.

Começamos o dia pela Karlsplatz, dominada pela Karlskirche, um exemplar soberbo de arquitetura barroca e um dos edifícios mais impressionantes de Viena.


Karlskirche

Caminhando pela Museumstrasse, literalmente a Rua dos Museus, chegamos ao Quarteirão dos Museus, com destaque para os museus gémeos de História Natural e de História da Arte, na praça Maria Teresa.


Praça Maria Teresa

Maria Teresa foi a primeira e única mulher a governar sobre o domínio dos Habsburg, sendo também a última chefe desta Casa. Encetou importantes reformas económicas e educacionais, foi  patrona das artes e uma defensora da moral e bons costumes. A sua presença na cultura Vienense é muito forte.

Prosseguindo pela mesma rua encontramos o belíssimo palácio gótico atualmente utilizado como edifício camarário - Rathaus.

Vista para a Rathaus
Para de seguida cruzarmos o Volksgarten em direção ao Palácio de Hofburg.


Hofburg

Pormenor de um dos pátios do Hofburg

Pormenor de uma das fontes 

O Palácio de Hofburg foi durante 6 séculos, e até 1918, residência e centro do império dos Habsburg. Atualmente é sede presidencial e abriga, entre outros, a Biblioteca Nacional Austríaca e a Escola Espanhola de Equitação.

Caminhando em direção à Ringstrasse, encontramos outro impressionante edifício, a Votivkirche, uma igreja de estilo neo-gótico com uma história muito interessante. Esta igreja foi erigida como agradecimento a Deus pela sobrevivência do Emperador Franz Joseph a uma tentativa de homicídio em 1853. Foi inaugurada nas bodas de prata do Emperador e a Imperatriz Sissi em 1879.

Para o almoço, um menu bem reconfortante - sopa de galinha com noodles e o famoso Wiener Schnitzel com salada de batata. Matamos a curiosidade mas não ficamos fãs.

Sentindo-nos corajosos, decidimos seguir a pé da Innere Stadt para o 3º distrito - Landstrasse - com o objetivo de visitar o Palácio Belvedere. Neste percurso tivemos oportunidade de presenciar uma face mais contemporânea de Viena, tanto ao nível dos edifícios como de uma cultura artística underground.




A arte encontra o seu espaço espontâneamente.


Relaxamos durante algum tempo pelos jardins do Belvedere e saímos de lá carregados de fotos.




Ao fim do dia, voltamos à Kartner Strasse para jantarmos um Käsekrainer numa barraquinha de rua. Como não há uma sem duas, nem duas sem três, depois de um almoço e jantar típicos, procuramos lugar numa esplanada na Kartner Strasse e terminamos calmamente o dia com uma prova de Apfelstrudel e Sachertorte, acompanhado, para cúmulo, de um Wiener Melange (semelhante a um cappucino).

Procuramos habitualmente esplanadas e restaurantes nos quais os locais se encontram, pois quem vai a roma quer ser romano, e fugimos aos restaurantes abarrotados de turistas!

O Palácio de Schönbrunn fica relativamente perto do hotel, por isso dedicamos a última manhã em Viena a explorar o seu interior e jardins.


Chegamos bem cedo para evitarmos os grandes grupos de turistas durante a visita ao interior do palácio. De seguida, exploramos os seus jardins.

Na foto seguinte vemos o Gloriete, um edifício construído no topo do jardim no Schönbrunn, utilizado pelo Emperador Franz Joseph I para fazer refeições ou para bailes.



Os planos para fotos não param de surgir!



Chegamos ao fim da nossa estadia em Viena com a sensação de missão cumprida. Para nós, este tempo foi suficiente para o que pretendíamos fazer. Não sentimos necessidade de ficar mais tempo em Viena, apesar de ser tudo o que estávamos à espera: imponente, grandiosa, imperial, majestosa! Um verdadeiro museu ao ar livre!

Agora era tempo de nos lançarmos numa rota mais romântica e pitoresca, na companhia do Danúbio.

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